terça-feira, 14 de outubro de 2008

MEUS MESTRES

Mestres tive muitos... Acho que desde quando nasci eles começaram a aparecer: como pai, mãe, avós, tios... eles não imaginam o quanto me ensinaram, o quanto aprendi com eles, com seus exemplos, com as conversas que tivemos.

Cada um com seu modo... foram ensinando a ouvir música clássica, a prestar atenção nas vozes do coral e dos sinos da catedral, a saber quem foi Drummond, Guilherme de Almeida, Carlos Gomes... Olhar um céu estrelado, ouvir o barulho da chuva caindo, saborear um bolo de fubá que acabou de sair do forno...

Ensinaram que gente mais velha é sabida e deve ser respeitada, que criança precisa ser feliz, que irmão veio pra ser amigo, companheiro...

Com meu pai aprendi que peixe bom pra se comer é peixe de água doce, principalmente se foi um brigador... e que pra que ele fique bem torradinho deve ser passado no fubá antes de fritar...

Também ele me ensinou... e demonstrou que as coisas simples da vida é que são importantes...
Ele me ensinou que viajar, pegar uma estrada é a melhor coisa do mundo... e agora que ele mora junto do patrão véio deve estar dando suas andadas por lá...

Do colégio só tenho coisas boas pra me lembrar, lá no Ateneu Paulista, na minha Campinas: tinha o professor Antônio Aquino, de Latim, o Pedrinho, de História, o Prof. Ernesto Alves Filho, de Português que gostava de contar histórias de terror pra quando a gente ainda era pequeno...

O professor Euclides Guimarães, de Geografia que acabou de viajar para o andar de cima, sempre bonitão, alinhado... E meu amado professor Mário de Túllio, que além de dar aulas de música no colégio também me ensinava piano - saudades, professor!!!

E tinha o professor João Batista Amade, esse da foto aí do lado... Nunca fui aluna brilhante em matemática, mas dele tenho uma lição que jamais esquecerei: resolvi fazer o que muitos da classe faziam: colar. Morrendo de medo, colei e tirei nota 100! Quando recebi a prova com aquele 100 brilhante, com elogios do professor fiquei muito constrangida porque ele me olhava sorrindo... Fiquei com vergonha, deixei todos os alunos sairem da classe e fui dizer a ele o que tinha feito: colado - ele riu muito e disse que tinha visto tudo... Pensei: "agora lá vem um zero brilhante!" Mas, que nada, ele conservou o meu 100 e ainda me cumprimentou pela honestidade, dizendo que eu fosse assim sempre...

Já adulta os mestres continuaram a aparecer e deixando suas marcas, suas lições...

Mas, em meio de todos eles rendo minha homenagem a uma pessoa muito
mportante na minha vida de espírita: Dr. Ary Lex (foto à direita). Homem íntegro, sincero,
honesto em suas crenças e atitudes; e, o que mais aprendi com ele foi a ter
sempre em mente a pureza doutrinária, que não me deixasse influenciar
e analisar, analisar tudo, analisar muito...

Ao meu mestre marido, grande amigo... obrigada por tantos ensinamentos... os mestres continuaram chegando... alguns vieram como filhos, amigos e agora netos.

Que Jesus, o mestre maior abençoe todos os mestres e que nós tenhamos a percepção de notar suas presenças e ensinamentos...

Um comentário:

Unknown disse...

Wilma,
Fiquei ainda com mais saudades em ter a oportunidade de lembrar dos professores, principalmente do Prof. Euclides que sempre nos desfiles me dava a bandeira para carregar. Ahhh que SAUDADES!!
Bjos
Cleide Magalhães