segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

POEMA DA PROSPERIDADE

Nem a tristeza, nem a desilusão, nem a incerteza, nem a solidão, NADA ME IMPEDIRÁ DE SORRIR.
Nem o medo, nem a depressão por mais que sofra meu coração, NADA ME IMPEDIRÁ DE SONHAR.
Nem o desespero, nem a descrença, muito menos o ódio ou alguma ofensa, NADA ME IMPEDIRÁ DE VIVER.
Em meio as trevas, entre os espinhos, nas tempestades e nos descaminhos, NADA ME IMPEDIRÁ DE CRER EM DEUS.
Mesmo errando e aprendendo, tudo me será favorável, para que eu possa sempre evoluir, preservar, servir, cantar, agradecer, perdoar, recomeçar...
QUERO VIVER O DIA DE HOJE COMO SE FOSSE O PRIMEIRO.
Quero viver o momento de agora como se ainda fosse cedo, como se nunca fosse tarde.
Quero manter o otimismo, conservar o equilíbrio, fortalecer a minha esperança, recompor minhas energias, para prosperar na minha missão e viver alegre todos os dias.
Quero caminhar na certeza de chegar, quero lutar na certeza de vencer, quero buscar na certeza de alcançar, quero saber esperar, para poder realizar os ideais do meu ser.

ENFIM, quero dar o máximo de mim, para viver intensamente e maravilhosamente TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA.


AUTOR: Luizinho Bastos

domingo, 28 de dezembro de 2008

BOLO DA VIDA


Este bolo é para celebrar a vida, doando alegria e prosperidade - cada ingrediente tem um significado especial.


Reúna a família no dia 31 de dezembro, coloque os ingredientes sobre uma mesa e, em cada um deles coloque uma plaquinha informando a que ele se refere. Exemplo: no açúcar: ternura, paz. Cada pessoa irá pegar os ingredientes conforme o que deseja conquistar no próximo ano.

ENTÃO... Vamos à receita...


INGREDIENTES DA MASSA

- 6 ovos - criatividade, amizade
- 1 e 1/2 xícara (chá) de açúcar - ternura, paz
- 1 colher (sopa) fermento em pó - desenvolvimento
- 1 xícara (chá) margarina - compreensão
- 3 xícaras (chá) farinha de trigo - força, caridade
- 3/4 xícara (chá) frutas cristalizadas - fé, alegria
- 1/2 colher (chá) canela em pó - coragem
- 3/4 xícara (chá) de passas - paciência, confiança
- 1/2 colher (chá) cravo em pó - dinheiro
- 1/2 xícara (chá) de cerejas vermelhas - amor
- 1/2 xícara (chá) de cerejas verdes - esperança
- 1/2 xícara (chá) de damascos picados - luz, luminosidade

MODO DE PREPARAR

1. Numa travessa, misture todos ingredientes e mexa delicadamente “com pensamento positivo”. 2. Coloque a massa em uma fôrma redonda e untada com margarina e farinha de trigo.
3. Leve para assar por 35 minutos aproximadamente ou até que, enfiando um palito, ele saia limpo.

GLACÊ

- 200 g de açúcar de confeiteiro
- 4 ou 5 colheres (sopa) água morna

Misture o açúcar com a água (glacê) e regue em cima do bolo, fazendo o desenho que desejar.

Espero que o bolo fique delicioso!!! Mas, o gostoso mesmo é a reunião da família...


FELIZ 2OO9!!!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

NATAL

Sempre gostei muito do Natal, e isso aprendi com Dona Martha, minha mãe. Ela gostava tanto que os presentes que ganhava durante o ano eram guardados para serem usados no Natal.

A casa se vestia de novas cortinas, novas colchas, roupas novas para todos...

As toalhas de crochê eram engomadas, a porcelana lavada, a cristaleira encerada...

A preparação vinha na forma de histórias, contos, figuras...

O presépio era preparado com espelho no laguinho, plantinhas e todos os bichinhos colocados em seus devidos lugares, que eu sabia direitinho onde eram...

A cartinha era escrita para Papai Noel e eu era a encarregada disso - contava para ele que meu irmão e eu tínhamos sido uns amores durante todo o ano, que havíamos obedecido papai, mamãe, que na escola éramos bons alunos e... merecíamos presentes... A lista era grande mas, no final sempre havia uma observação: " o senhor traga o que puder..." E, imagino que essa última frase aliviava meus pais.

E, naquela época as crianças não recebiam presentes na noite de Natal, e sim no dia seguinte pela manhã. Confesso que não dormia direito, rolava na cama e... via Papai Noel no meu quarto! Sim, ele chegava quietinho e colocava os presentes debaixo da minha cama e na de meu irmão. E, quando Papai Noel percebia que eu estava olhando dava um sorriso lindo e colocava o dedo indicador na boca a dizer: "Xiu... fique quietinha..." E eu obedecia... Por encanto, que devia ser de Papai Noel, voltava a dormir...

De manhã era aquela alegria! Boneca nova, carrinho para empurrá-la, maquininha de costura... Bicicleta, bola, carrinho para o Toninho...

A felicidade era muita... a alegria enorme...

Via meus pais felizes com nossa alegria e, mal sabíamos nós, crianças, o que estariam pensando... Hoje a gente sabe...

Passados tantos anos, essas lembranças sempre voltam trazendo alegria porque Papai Noel chegava mas, muito mais que isso, o Menino Jesus, não estava só no presépio... estava ali, presente de verdade... A gente sabia que ele era aquele moço bonito que cuidava da gente, que sua mãe, a dona Maria era muito boazinha e que olharia por nossa vida. E que José, seu pai, seria como um anjo para nosso pai, homem forte, trabalhador mas que também às vezes ficava cansado das estradas e, como os amigos de Jesus, gostava de pescar.

Amanhã será véspera de Natal. Também preparei a casa, vou fazer quitutes e tomara que meus filhos, já adultos se lembrem de seus Natais, sempre preparados e vividos com tanto amor... E que minhas netas levem deste Natal as mesmas lembranças lindas que trago dos meus Natais.

Que o Menino Jesus receba nossos presentes - o que podemos dar é pouco, mas imagino que ele ficará feliz...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

ACÔRDO - Flora Figueiredo


Querido anjo da guarda,


Por favor, leve a sério este pedido,
Aceite minha sugestão.
Você tem que fazer um revezamento
Com seu vice-anjo de plantão.
Imagine que esteja cansado
De tanto correr a meu lado,
Tentando me proteger.
Sei que é assim que deve ser,
Mas reconheço que ultimamente
Tenho abusado.
Seria bom que descansasse
Antes que a maratona começasse.
Tem Ano Novo chegando
E já estou me preparando
Para o tiro da partida.
Quando começar a corrida, não tenho intenção de fracassar
Eu corro de mãos dadas com a vida;
Prometo a meus sonhos o primeiro lugar.
Sei que deve haver risco:
O mundo anda agressivo,
O tempo está arisco
E geralmente se corre contra o vento.
Nada há que possa me deter
O que pode de repente acontecer
É um instante para beijar minha torcida.
Pessoas queridas são sempre nossa pausa refrescante
Prepare o tênis, o calçadão, a vitamina, e
Sob permissão divina
Leves asas sobressalentes.
A competição vai ser quente,
Difícil me parece a trajetória
Mas, quando eu romper a fita da chegada,
Lívida, arfante, extenuada,
Vou dividir com você minha VITÓRIA.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

ESCUTATÓRIA - Rubem Alves


Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.
Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.
Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.
Parafraseio o Alberto Caeiro: Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.
É preciso também que haja silêncio dentro da alma.
Daí a dificuldade:
A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor...
Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...
E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.
No fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala.
Há um longo, longo silêncio.
Vejam a semelhança... Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio...
Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.
Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala.
Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.
Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos...
Pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades. Primeira: fiquei em silêncio só por delicadeza.
Na verdade, não ouvi o que você falou.
Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.
É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.
Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer: estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.
E, assim vai a reunião. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.
Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência...
E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.
A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia...
Que de tão linda nos faz chorar.
Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

JOHN LENNON


Há 28 anos era assassinado um homem, um ídolo... John Lennon. Quando isso aconteceu, me lembro bem, fiquei surpresa, triste e pensando como isso podia ter acontecido... Mas aconteceu...


Passados tantos anos sua presença continua entre nós, pois sua música, suas palavras, seus sons aí estão e continuarão enquanto no mundo estiverem as pessoas sensíveis e amantes da boa música, da boa poesia.


Nossa admiração está presente hoje, como sempre esteve junto de Jonh Lennon...


Muita luz, paz e evolução em seu caminhar...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

MULHERES POSSÍVEIS - Martha Medeiros


Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso épossível, me ofereço como piloto de testes.

Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.

Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido as refeições, levo os filhos ao colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe à noite, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas,respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia,caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, estudo, levo o carro no mecânico, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão, levo o cachorro passear e ainda faço escova toda semana - e as unhas!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.

Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.

Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-by vida interessante.

Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.

É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.Três dias. Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar... curtir os filhos.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga.

Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.

Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Mulher é mulher, não pode parecer um homem!

Se o trabalho é um pedaço de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.

Mulher independente, fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas emcasa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo.

Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo PhilippeStarck e o batom da M.A.C.

Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.