sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

ANO NOVO



"O Ano Novo ainda não tem pecado:
É tão criança...
Vamos embalá-lo...
Vamos todos cantar juntos em seu berço de mãos dadas,
A canção da eterna esperança."

Mário Quintana

Que 2012 seja recebido com a esperança do poeta, a esperança de todos nós.

FELIZ ANO NOVO, AMIGOS!!!

Que possamos compartilhar a vida, a esperança...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL!!!




Aos amigos que visitam meu Recanto quero desejar um alegre e feliz Natal, onde haja confraternização entre a família e os amigos.


Neste Recanto procuro deixar palavras de escritores, poetas para que com elas, seus dias sejam mais leves, mais bonitos. As escolhas são feitas sempre com muito carinho, pois sei que elas não podem machucar, entristecer a ninguém.


Felicidades, amigos!! Que possamos celebrar muitos Natais...


Que o aniversariante Jesus os proteja.












terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Natal Zaffari 2011

CRISTO GAÚCHO




Perseguindo a vibração
desta estrela imorredoura,
Piazito da manjedoura,
peço a Tua proteção.

Não sei fazer oração,
pois sou rude deste jeito,
mas com todo o meu respeito
Te entrego o meu coração.

E ao Te ver lindo, Menino,
nesta triste estrebaria,
eu reprovo a judiaria
que Te reserva o destino,
mas Teu olhar cristalino
manda minha voz calar;
quem sou eu para mandar
contra algum plano divino?

Mesmo assim, eu gostaria
de Te ver nascendo aqui.
No Rio Grande, para Ti,
um rancho não faltaria.
Acolher com galhardia
neste pampa é qualidade
e a nossa hospitalidade
não aponta estrebaria.

Terias cama macia,
talvez feita de pelego,
muita paz, muito sossego,
o pago Te ofertaria
e para atender Maria,
quando da dor derradeira,
haveria uma parteira
cheia de sabedoria.

E os Reis Magos chegariam
montados em seus cavalos
e um punhado de regalos
por certo te ofertariam
e depois te adorariam
pela noite inteira até,
com Maria e com José
um chimarrão tomariam.

Eu Te imagino, Jesus,
cavalgando desde cedo,
disparando num varzedo
num potro feito de luz
e a trilha que Te conduz
coberta pelo Cruzeiro,
que seria o tempo inteiro
Tua luminosa cruz.

Tu verias refletido
Teu rosto em nossos regatos,
sem Herodes, nem Pilatos,
ou qualquer outro bandido.

O pampa imenso estendido
seria o pago do amor
onde o Filho do Senhor
foi muito bem recebido.
Tu me desculpa, Piazito,
se acaso falei besteira,
pois quero, à minha maneira,
fazer o mundo bonito
e quero porque acredito
que um dia, quando eu partir,
vais mandar alguém me abrir
a porteira do infinito.

(Milton Sebastião Souza)


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O CÉREBRO HUMANO



Por Airton Luiz Mendonça
(Artigo do jornal o Estado de São Paulo )

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. 
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo.
  Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.. 
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso cérebro é extremamente otimizado .
Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.
Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.
Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e, portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. 
É quando você se sente mais vivo. 
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas. 
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. 
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).
Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa...
São apagados de sua noção  de passagem do tempo...
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.
Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir -as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.
Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA!
Não me entenda mal.
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).
Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou  registros com fotos.
Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.
Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).. 
 Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.  
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.
Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.
Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. 
Seja diferente.

Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos. Em outras palavras: V-I-V-A. !!!
Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. 
E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o do que a maioria dos livros da vida que existem por aí. 
Cerque-se de amigos.
Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.. 
Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?
Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida..

E S CR E VA em
tAmaNhos  diFeRenTes e  em  CorES
di f E rEn tEs !

CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE.....
V I VA









segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A VIDA ENSINA




Se você pensa que sabe; que a vida lhe mostre o quanto não sabe.

Se você é muito simpático mas leva meia hora para concluir seu pensamento; que a vida lhe ensine que explica melhor o seu problema, aquele que começa pelo fim.

Se você faz exames demais; que a vida lhe ensine que doença é como esposa ciumenta: se procurar demais, acaba achando. Se você pensa que os outros é que sempre são isso ou aquilo; que a vida lhe ensine a olhar mais para você mesmo.

Se você pensa que viver é horizontal, unitário, definido, monobloco; que a vida lhe ensine a aceitar o conflito como condição lúdica da existência.Tanto mais lúdica quanto mais complexa.
Tanto mais complexa quanto mais consciente.Tanto mais consciente quanto mais difícil.
Tanto mais difícil quanto mais grandiosa. Se você pensa que disponibilidade com paz não é felicidade; que a vida lhe ensine a aproveitar os raros momentos em que ela (a paz) surge.

Que a vida ensine a cada menino a seguir o cristal que leva dentro, sua bússola existencial não revelada, sua percepção não verbalizável das coisas, sua capacidade de prosseguir com o que lhe é peculiar e próprio, por mais que pareçam úteis e eficazes as coisas que a ele, no fundo, não soam como tais, embora façam aparente sentido e se apresentem tão sedutoras quanto enganosas. Que a vida nos ensine, a todos, a nunca dizer as verdades na hora da raiva.

Que desta aproveitemos apenas a forma direta e lúcida pela qual as verdades se nos revelam por seu intermédio; mas para dizê-las depois. Que a vida ensine que tão ou mais difícil do que ter razão, é saber tê-la. Que aquele garoto que não come, coma.

Que aquele que mata, não mate. Que aquela timidez do pobre passe.
Que a moça esforçada se forme. Que o jovem jovie.
Que o velho velhe. Que a moça moce. Que a luz luza. Que a paz paze.
Que o som soe. Que a mãe manhe. Que o pai paie. Que o sol sole. Que o filho filhe. Que a árvore arvore.
Que o ninho aninhe. Que o mar mare. Que a cor core. Que o abraço abrace. Que o perdão perdoe.

Que tudo vire verbo e verbe. Verde. Como a esperança. Pois, do jeito que o mundo vai, dá vontade de apagar e começar tudo de novo. A vida é substantiva, nós é que somos adjetivos.

(Artur da Távola)


sábado, 10 de dezembro de 2011





cansei da idade do bronze


vim de mudança pra dois mil e onze


mas não deu certo estou caindo fora


um tempo novo só se for agora


envelheço mas não perco a pose


vou curtir a vida em dois mil e doze




(Alberto Centurião)






quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

HÁ COISAS BONITAS NA VIDA




Mas, bonitas são as coisas vindas do interior de cada um, as palavras simples, 
sinceras e significativas.


Bonito é o sorriso que vem de dentro, o brilho dos olhos, o beijo soprado...



Bonito é o dia de sol depois da noite chuvosa ou as noites enluaradas de verão em que quase todos passeiam...



Bonito é procurar estrelas no céu e dar de presente ao amigo, amiga, namorado, neto...



Bonito é achar a poesia do vento, das flores, do mato, dos animais e das crianças.



Bonito é chorar quando sentir vontade e deixar as lágrimas rolarem sem vergonha ou medo de crítica.



Bonito é gostar da vida e se deixar viver de um sonho.



Bonito é ver a realidade da vida, sem nunca ser extremista, e acreditar na beleza de todas as coisas.



Bonito é a gente continuar sendo gente com G maiúsculo em qualquer situação, principalmente nos momentos de dificuldade.



Bonito é você ser você... 


nesta bonita vida...!!


(Letícia Thompson)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

UM HOMEM, UM CRAQUE

Difícil deixar de comentar sobre o falecimento do ex-jogador Sócrates, que foi doutor, um democrata. Alguém que expunha suas convicções e suas crenças.

Um corinthiano que partiu no dia em que o Timão se tornou campeão do campeonato brasileiro

Lindas foram as homenagens a ele prestadas e, que seja lindo também seu caminhar, com passos firmes e muita coragem.




Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira

(19/02/1954 - 04/12/2011)

Pelo que fez em campo, Sócrates integra um grupo pequeno, o dos gigantes do futebol brasileiro. Pela capacidade de reflexão sobre o seu ofício, ocupa um lugar único. Nenhum atleta brasileiro foi capaz de pensar sobre os diferentes aspectos do esporte, questionar os seus problemas e propor soluções com a sua coragem e inteligência.

Some-se a isso, Sócrates construiu uma imagem pública fascinante. O "antiatleta", como ele dizia, sempre fumou e bebeu, era um iconoclasta, sem papas na língua, tinha prazer em chocar os mais conservadores
com seu humor refinado e era de uma simpatia a toda prova.

Essa raríssima combinação - gigante em campo, gênio na tribuna, carismático no dia-a-dia - obrigou muita gente a engolir Sócrates a contragosto. A verdade, num país com a estrutura esportiva pré-histórica como é o Brasil, Sócrates sempre foi um incômodo para quem, de fato, manda - dirigentes, políticos e empresários ocupados, exclusivamente com seus próprios interesses e negócios.

Além da tristeza gigante pela morte tão precoce de Sócrates, sinto muito também por achar que as principais batalhs que enfrentou estão longe de ter um desfecho positivo. Mas não são batalhas perdidas. Sua voz será sempre lembrada por aqueles que sonham com um mundo esportivo mais justo.

MAURÍCIO STYCER
(em seu blog no site UOL)




quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O SINO DA MINHA ALDEIA



O sino da minha aldeia,
dolente na tarde calma,
cada tua badalada
soa dentro de minha alma.

E é tão lento o teu soar,
tão como triste da vida,
que já a primeira pancada
tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto,
quando passo, sempre errante,
és para mim como um sonho,
soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
vibrante no céu aberto,
sinto mais longe o passado,
sinto a saudade mais perto.

(Fernando Pessoa)




quinta-feira, 24 de novembro de 2011

N A T A L


 



Natal é festa da simplicidade. 

Das crianças, dos Anjos, dos velhos... é festa de todos os homens!

Tudo o que Jesus fez na terra, foi para nos dar o exemplo. Se nasceu numa mangedoura, foi para nos ensinar que a simplicidade faz parte do nosso caminho; se recebeu ouro, foi para que saibamos que existem tesouros valiosos que nos pertencem de direito: a amizade e o amor.

Se recebeu incenso e mirra foi para nos mostrar que a vida também tem seu perfume, mesmo quando estamos fechados a tudo ao nosso redor.

Se Deus nos permite festejar o aniversário de Cristo, isso também é por nós, não por Ele, pois é o período onde as pessoas se esquecem um pouquinho de si mesmas para pensarem nos outros.

Natal é festa do Amor! Do amor de Deus ao mundo, do amor dos homens para com o próximo.

E meu desejo é que nessa noite de paz uma estrela cadente esteja sobre o lar de cada um de vocês e que um coral de Anjos possa estar cantando "paz na terra aos homens de boa vontade," para que a paz invada cada ser e que reine por muito e muito tempo.

E só para lembrar: comer é bom, cantar é bom, dar e receber presentes é bom... mas Jesus é o único Caminho que conduz ao Pai a oração é a única coisa que nos aproxima e nos torna acessíveis a Deus.

Um Feliz Natal!

(Letícia Thompson)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

FOFOCAS


Quem faz intriga sobre a vida alheia quer ter algo de sua autoria, uma obra que se alastre e cresça, que se torne pública e que seja comentada. Algo que  lhe dê continuidade.

É por isso que fofocar é uma tentação. Porque nos dá, por poucos minu tos, a sensação de ser portador de uma informação valiosa que está sendo gentilmente dividida com os outros.  verdade, está-se exercitando uma pequena maldade, não prevista no Código Penal.

Fofocas podem provocar lesões emocionais. Por mais inocente ou absurda, sempre deixa um rastro de desconfiança.

Onde há fumaça há fogo, acreditam todos, o que transforma toda fofoca numa verdade em potencial.

Não há fofoca que compense.

Se for mesmo verdade, é uma bala perdida.

Se for mentira, é um tiro pelas costas.

(Martha Medeiros)

sábado, 19 de novembro de 2011

ALÉM DO HORIZONTE

 
Além do horizonte
Há povos sofridos,
Há muitos gemidos,
Há guerras que estouram.

Além do horizonte
Há fome e máquinas
Fazendo o serviço do homem.

Além do horizonte
Há doentes, carentes,
Há falta de pão
E bombas para destruir o irmão.

Além do horizonte
Há grandes cidades
E muita infelicidade.

Além do horizonte
Há pessoas que,
Como muitos,
Ainda sonham
Com o que deve existir
   Além do horizonte.

(Letícia Thompson)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

QUANDO ENCONTRAR O AMOR




Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante de sua vida.
 Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
 Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
 Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente divino - o amor.
 Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e em troca receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.
 Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.
 Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado...
 Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados... é uma dádiva.
 Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
 É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção aos sinais.
 Não deixe que as loucuras do dia a dia o deixem cego para a melhor coisa da vida:

O AMOR.

(Carlos Drummond de Andrade)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

MEDITAÇÃO À BEIRA DE UM POEMA




Meditação à beira de um poema
Podei a roseira no momento certo
e viajei muitos dias,
aprendendo de vez
que se deve esperar biblicamente
pela hora das coisas.

Quando abri a janela, vi-a,
como nunca a vira
constelada,
os botões,
Alguns já com rosa- pálido
espiando entre as sépalas,
jóias vivas em pencas.Minha dor nas costas,
meu desaponto com os limites do tempo,
o grande esforço para que me entendam
pulverizam-se
diante do recorrente milagre.
maravilhosas faziam-se
as cíclicas perecíveis rosas.
Ninguém me demoverá
do que de repente soube
à margem dos edifícios da razão:
a misericórdia está intacta,
vagalhões de cobiça,
punhos fechados,
altissonantes iras,
nada impede ouro de corolas
e acreditai: perfumes.Só porque é setembro

(Adélia Prado)



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

MIA COUTO

IDENTIDADE

Preciso ser um outro

para ser eu mesmo

Sou grão de rocha
sou o vento que a desgasta

Sou pólen sem inseto
Sou areia sustentando
o sexo das árvores

Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro


No mundo que combato morro
nomundo por que luto nasço.

(Mia Couto)

domingo, 6 de novembro de 2011

ROUPA NOVA



A época das festas está chegando e é hora de começar a enfeitar a casa, e, é claro, hora de vestir o RECANTO com as cores do Natal.

Que possamos vivenciar os dias ficando com a energia boa que vem de todos.

ENQUANTO OS VENTOS SOPRAM


Há alguns anos, um fazendeiro possuía terras ao longo do literal do Atlântico. Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados. A maioria das pessoas estava pouco disposta a trabalhar em fazenda ao longo do Atlântico.

Procurando novos, empregados, ele recebeu muitas recusas. Finalmente, um homem baixo e magro, de meia idade, se aproximou do fazendeiro.

- Você é bom lavrador? Perguntou o fazendeiro.

- Eu posso dormir enquanto os ventos sopram, respondeu o pequeno homem.

Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou. O pequeno homem trabalhou bem na fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer até o anoitecer e o fazendeiro ficava satisfeito com o trabalho do homem.

Então, uma noite, o vento uivou ruidosamente. O fazendeiro pulou da cama, agarrou o lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou:

- Levanta! Levanta! Uma tempestade está chegando! Amarre as coisas antes que sejam arrastadas!

O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente:

- Não, senhor. Eu lhe disse: eu posso dormir enquanto os ventos sopram...

Enfurecido com a resposta, o fazendeiro estava tentado a despedi-lo imediatamente. Em vez disso, se apressou a sair e preparar o terreno para a tempestade. Do empregado trataria depois.

Mas, para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno estavam cobertos com lonas firmemente presas no chão. As vacas estavam protegidas no celeiro, os frangos nos viveiros, e todas as portas muito bem travadas. As janelas fechadas e seguras. Tudo foi amarrado. Nada seria arrastado.

O fazendeiro então entendeu o que seu empregado quis dizer. Então, retornou para sua cama para também dormir enquanto o vento soprava.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Quando todos parecem conspirar  contra você,
quando o mundo parede desabar a seu redor,
haverá ainda um lugar aonde ir.

Lá você pode sentir e chorar
e  falar da dor e esvaziar o peito
cheio de mágoa.
Lá é trégua de guerra
é  refúgio tranquilo
é  porto seguro.
Vem,
e ancora aqui
seu coração.
Assim eu quereria meu último poema:
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais.
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas.
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume.
A pureza da chuva que consome os diamantes mais límpidos.
                                  
Mário Quintana

sábado, 29 de outubro de 2011



“Você pode controlar um elefante enlouquecido;
Pode calar um urso ou um tigre; ...
Pode montar num leão ou brincar com uma naja;
Você pode ganhar a vida como um alquimista;
Pode passear pelo cosmos incognito;
Fazer os deuses trabalharam por você;
E nunca envelhecer;
Pode andar sobre a água e suportar o fogo;
Mas controlar a mente é muito melhor e muito mais difícil.”

― Paramahansa Yogananda

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A MENTIRA DESCOBERTA

O  Dr.  Arun  Gandhi,  neto  de Mahatma Gandhi e fundador do Instituto M.K. Gandhi  para  a  Vida  Sem  Violência,  em  sua  palestra de 9 de junho, na Universidade  de  Porto Rico, compartilhou a seguinte história como exemplo da vida sem violência exemplificada por seus pais:

Eu  tinha  16 anos e estava vivendo com meus pais no instituto que meu avô havia fundado, a 18 milhas da cidade de Durban, na África do Sul, em meio a plantações de cana de açúcar.

Estávamos  bem  no  interior do país e não tínhamos vizinhos. Assim, sempre nos  entusiasmava,  às duas irmãs e a mim, poder ir à cidade visitar amigos ou ir ao cinema.

Certo  dia,  meu  pai  me  pediu que o levasse à cidade para assistir a uma conferência  que duraria o dia inteiro, e eu me apressei de imediato diante da oportunidade.

Como  iria  à cidade, minha mãe deu-me uma lista de coisas do supermercado, as  quais  necessitava, e como iria passar todo o dia na cidade, meu pai me pediu  que me encarregasse de algumas tarefas pendentes, como levar o carro à oficina.

Quando me despedi de meu pai, ele me disse: 'Nós nos veremos neste local às 5 horas da tarde e retornaremos à casa juntos.'

Após,  muito  rapidamente,  completar  todas as tarefas, fui ao cinema mais próximo. Estava tão concentrado no filme, um filme duplo de John Wayne, que me esqueci do tempo. Eram 5:30 horas da tarde, quando me lembrei.

Corri  à  oficina,  peguei  o  carro  e  corri  até  onde meu pai estava me esperando. Já eram quase 6 horas da tarde.

Ele  me perguntou com ansiedade: 'Por que chegaste tarde?' Eu me sentia mal com  o  fato  e  não lhe podia dizer que estava assistindo um filme de John Wayne.  Então,  eu  lhe  disse que o carro não estava pronto e que tive que esperar...  isto  eu  disse  sem  saber  que meu pai já havia ligado para a oficina.

Quando  ele  se deu conta de que eu havia mentido, disse-me: 'Algo não anda bem,  na  maneira  pela qual te tenho educado, que não te tem proporcionado confiança em dizer-me a verdade. Vou refletir sobre o que fiz de errado contigo. Vou caminhar as 18 milhas à casa e pensar sobre isto.'

Assim,  vestido  com seu traje e seus sapatos elegantes, começou a caminhar até  a  casa,  por  caminhos que nem estavam asfaltados nem iluminados.

Não podia deixá-lo só. Assim, dirigi por 5 horas e meia atrás dele... vendo meu pai sofrer a agonia de uma mentira estúpida que eu havia dito.

Decidi, desde aquele momento, que nunca mais iria mentir.

Muitas  vezes  me  recordo  desse  episódio  e  penso..  Se ele me tivesse castigado  do  modo  que castigamos  nossos filhos... teria eu aprendido a lição?... Não acredito... Se tivesse sofrido o castigo, continuaria fazendo o mesmo...Mas, tal  ação  de  não-violência  foi  tão forte que a tenho impressa na memória como se fosse ontem...

Este é o poder da vida sem violência.

domingo, 23 de outubro de 2011

                      

                        Me encante... 

Me encante da maneira que você quiser, como você souber.

Me encante, para que eu possa me dar.
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir, aquele sorriso malicioso e gostoso, inocente e carente.
Me encante com suas mãos, gesticule quando for preciso, me toque, quero correr esse risco.
Me acarinhe se quiser, vou fingir que não entendo, que nem queria esse momento.
Me encante com suas palavras, me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres, me conte segredos, sem medos ... e depois me diga o quanto eu te encantei.
Me encante com serenidade, mas não se esqueça, também tem que ser com simplicidade, não pode haver maldade.
Me encante com uma certa calma, não tenha pressa, tente entender a minha alma.
Me encante como você fez com a primeira namorada, sem subterfúgios, sem cálculos,
sem dúvidas, com certezas.
Me encante na calada da madrugada, na luz do sol ou embaixo da chuva e prometo
te encantar todos os dias, do resto das nossas vidas!!!
(Silvana Duboc)

http://www.slideshare.net/mimabadan/me-encante-silvana-duboc