domingo, 6 de novembro de 2011

ENQUANTO OS VENTOS SOPRAM


Há alguns anos, um fazendeiro possuía terras ao longo do literal do Atlântico. Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados. A maioria das pessoas estava pouco disposta a trabalhar em fazenda ao longo do Atlântico.

Procurando novos, empregados, ele recebeu muitas recusas. Finalmente, um homem baixo e magro, de meia idade, se aproximou do fazendeiro.

- Você é bom lavrador? Perguntou o fazendeiro.

- Eu posso dormir enquanto os ventos sopram, respondeu o pequeno homem.

Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou. O pequeno homem trabalhou bem na fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer até o anoitecer e o fazendeiro ficava satisfeito com o trabalho do homem.

Então, uma noite, o vento uivou ruidosamente. O fazendeiro pulou da cama, agarrou o lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou:

- Levanta! Levanta! Uma tempestade está chegando! Amarre as coisas antes que sejam arrastadas!

O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente:

- Não, senhor. Eu lhe disse: eu posso dormir enquanto os ventos sopram...

Enfurecido com a resposta, o fazendeiro estava tentado a despedi-lo imediatamente. Em vez disso, se apressou a sair e preparar o terreno para a tempestade. Do empregado trataria depois.

Mas, para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno estavam cobertos com lonas firmemente presas no chão. As vacas estavam protegidas no celeiro, os frangos nos viveiros, e todas as portas muito bem travadas. As janelas fechadas e seguras. Tudo foi amarrado. Nada seria arrastado.

O fazendeiro então entendeu o que seu empregado quis dizer. Então, retornou para sua cama para também dormir enquanto o vento soprava.

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