Hoje comemora-se o centenário do falecimento de um grande brasileiro: Joaquim Maria MACHADO DE ASSIS, um carioca que nasceu em 21 de junho de 1839 e, por ter amado tanto aquela cidade, despediu-se da vida terrena no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908.
Foi romancista, contista, poeta e teatrólogo, considerado um dos mais importantes nomes da literatura do Brasil.
Sua vasta obra inclui também crítica literária. É considerado um dos criadores da crônica no país, além de ser importante tradutor, vertendo para o português obras como Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo e o poema O Corvo, de Edgar Allan Poe.
Foi também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e seu primeiro presidente, também chamada de Casa de Machado de Assis.
Foi casado com portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, irmã do poeta Faustino Xavier de Novais a quem dedicou o poema abaixo.
CAROLINA
Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs o mundo inteiro.
Trago-te flores - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa e separados.
Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.
Machado de Assis, 1906
Um comentário:
Oi Wilma, eu acho este poema de Machado de Assis lindo, fiz até um vídeo sobre "A Carolina". Dê uma espiada! Beijo, Jú
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