sábado, 3 de janeiro de 2009

A MÚSICA E EU

Sempre tive uma forte ligação com a música. Minha mãe ouvia muito e me lembro que quando ela ganhou uma rádio-vitrola de meu pai, junto chegou um vinil com músicas de Strauss, entre elas a sua preferida: Valsa do Imperador.

Sempre que ouço essa música revejo o rosto dela surpresa e feliz com o presente, com o carinho do marido e com a música de Strauss.

Aps domingos eu ia com meu tio Dito à missa na catedral de Campinas, mas no horário da missa cantada. Essa missa tinha coral, órgão de muitos tubos e muitas flores nos altares. Esse tio era deficiente visual (já falei sobre ele anteriormente), professor e tocador de bandolim. Adorava música e mais pela música íamos à missa na catedral.

Eu era pequenininha e, quando a música começava ele dizia para que tirasse o sapatinho para sentir a vibração da música. "Sinta", ele dizia, "como quando os homens cantam a vibração é diferente de quando as mulheres cantam... Sinta os violinos, o órgão... Que maravilha!"

Fazia o que ele dizia e sentia o que ele queria que eu sentisse e, que maravilha mesmo era a vibração percebida nos pés e a emoção de uma menininha começando a amar a música.

Fui crescendo e nas aulas de piano com o professor Mário de Túllio me sentia um pouco frustrada, pois queria tocar como tocavam os pianistas dos discos da mamãe... Ele me dizia para ter paciência, que eles também começaram como eu...

Elvis Presley chegou e com ele o amor pelo rock - ouvido e dançado na maior animação. Boleros dançados de rosto colado com o namorado, os filmes musicais...

Hoje continuo ouvindo, curtindo e me emocionando, me alegrando com a música. Umas alegram, outras emocionam e outras...

Uma das que mais gosto me faz chorar toda vez que a ouço: é Casinha Branca. Essa música me dá saudade de um lugar que não sei onde está, e saudade de uma casinha branca com varanda que um dia eu devo ter tido. Nessa casinha eu devo ter sido muito feliz, pois é uma saudade gostosa, uma volta para aquela varanda que devia ter uma trepadeira florida, uma rede pra descansar e um moço bonito tocando violão só pra mim...

Essas sensações gosto de ter... e tomara que, quando eu estiver bem velhinha continue a me alegrar, a chorar, a me emocionar ouvindo Taiguara cantando Modinha.

Um comentário:

Denise Gaspar disse...

Oi, Mima,

Que lindo seu blog, você é linda. gosto sempre de receber seus e-mails. Fiquei feliz em ver sua foto e conhecer você um pouquinho mais.
De fato a música é algo fantástico, tem um poder maravilhoso. A Palavra de Deus nos garante que Ele habita no meio dos louvores entoados por lábios sinceros.
um grande abraço,

Denise