sábado, 24 de abril de 2010

Tarcísio Passos e sua crítica do filme CHICO XAVIER

Fui ontem, na noite de estreia, assistir ao filme mais badalado dos últimos anos: Chico Xavier - O Filme. Sessões lotadas e muita expectativa. Uma expectativa que podia ser notada no semblante de cada um que encarava aquela fila. Uma salada etária e, provavelmente, recheada de muitos credos.

O filme é de uma beleza incrível. Conta a história de um dos maiores e mais respeitados espíritas do mundo - Chico Xavier - (interpretado nas três fases de sua vida por Matheus Costa, Ângelo Antônio e Nelson Xavier), desde a sua infância até a sua morte, ou melhor, até a sua desencarnação.

Com relação a filmes, costumo brincar dizendo que adoro saber o final antes de assisti-lo. E neste, em particular, disse a todos que estavam lá comigo, que já sabia o que aconteceria... que seria moleza. Disse em alto e bom tom: Fácil, fácil esse final: o Chico morre no final!

Sessão lotada, acomodamo-nos nas primeiras filas do cinema, e mesmo que tudo pudesse nos levar a uma pré-impressão do que seria o filme, qual o seu significado e qual o seu objetivo, engana-se quem imaginou que o filme seria uma propaganda ao espiritismo ou mesmo uma publicidade ao próprio Chico Xavier.

O filme é apenas a celebração de um grande homem, que este ano, caso estivesse vivo (encarnado), completaria um século de vida. Deste, seriam 96 anos de dedicação, não à doutrina espírita, mas à bondade, ao desejo de servir ao próximo. O filme emociona, alegra e nos faz refletir o quanto e por tão pouco sacrifício, fazer o bem é um exercício que fortalece a nossa alma.

A vida de Chico Xavier foi marcada por sacrifícios. Ele enfrentou-os e seguiu em frente. Ajudou e foi ajudado. Sobreviveu a uma enxurrada de acusações, críticas e desconfianças. Muitos de nós passamos por tudo isso. Mas a grande virtude do Chico (a gente se sente tão íntimo do mestre espírita) foi, sem dúvida, a sua capacidade de transformar essas dificuldades a favor do bem. A bondade era sua, sempre presente, companhia.

O filme é extremamente lindo. Surpreendente a maneira como Daniel Filho (Diretor) retratou a vida e obra do Chico Xavier. O filme não tem a pretensão de formar novos seguidores do espiritismo. Mas não há um segundo sequer do filme que você, espírita ou não-espírita, não se emocione, não se questione. Muitos se verão neste filme.

Pois bem, recomendo a todos que venham assistir ao filme. Aqui, na sessão de estreia, além da beleza do filme, uma certeza: O Chico não morreu... Enquanto houver a bondade, ele estará vivo. Eu errei o final do filme, mas o pós- filme me surpreendeu ainda mais...

Encerra-se o filme e as pessoas saem... Silêncio... Um lindo silêncio...

Coisa mais linda que eu já pude presenciar em um cinema em toda a minha vida.

Obrigado Chico, esteja em Paz!

Vá assistir ao Chico. Eu recomendo.

(Tarcisio Passos é crítico de cinema)

2 comentários:

Renata C., UMA ESPOSA EXPATRIADA disse...

Bem, conheci seu BLOg porque recebi um de seus trabalhos por email... Nao vi o filme porque moro na Tailandia, com a familia. Mas percebi que temos muitas coisas em comum. A primeira que me chamou a atenção foi seu apelido, MIMA, porque é o mesmo de minha irma gemea e nunca tinha ouvido esse nome em outra pessoa...!!! Depois... amo, Vinicius... Laura Karan... e por ai vai. Quando puder, passa la no ESPOSA EXPATRIADDA para tomar um cafezinho, OK? Bjka!
Renata C., UMA ESPOSA EXPATRIADA

Renata C., UMA ESPOSA EXPATRIADA disse...

To ficando maluca! Nao repara, nao! Fiquei tanto tempo sem interrnet (falta de conexao) que fiz a maior confusao no meu comentario anterior. OK, AMO DRUMOND tb! Claro! Chico Buarque, Tom Jobim e Vinicius de Morais copletam o grupo amado! E... leia-se Diana Krall no lugar de Laura Karan... rsrsrsrs!