sábado, 7 de março de 2009

Uma pequena mulher


Menina, mulher. Nove anos. Estuprada. Grávida. Gêmeos.

O que fazer diante de um quadro desses??? Imagino se menina fosse uma de minhas netas...
Qual seria a conduta da família???

Uma garotinha que passa anos sendo violentada - vive assustada, tem medo, tem pavor... E o causador é aquele que faz o papel de seu pai; é aquele que deveria proteger, livrá-la dos males...
Mas, ao invés disso ele se aproveita do medo, da fragilidade dessa menina, dessa pequena mulher...

Chega a decisão médica e familiar: suspender a gravidez. A menina poderá morrer se a gravidez for levada adiante.

A gravidez é interrompida. Alívio??? Dor???

A pequena mulher vai continuar a viver. Mas, viver com o peso de anos de violência, desrespeito, dor. Por toda a vida terá a lembrança do sofrimento...

Aí vem um religioso e condena os médicos, a mãe da menina... E o estrupador? Ah, ele não!!! "Apenas" cometeu um pecado... e o pecado, com uma confissão será perdoado...

É como aqueles inquisidores que massacraram, perseguiram, mandaram para a fogueira...

Onde está a generosidade, o amor ao próximo ensinado pelo Mestre Jesus???

Sei que a igreja tem suas regras mas... até que ponto a caridade, a generosidade são esquecidas??? O mundo mudou, as pessoas mudaram, não está na hora de algumas coisas serem revisadas???

Deus não instituiu o catolicismo... Ele foi instituido pelos homens e homens nem sempre entendem os ensinamentos de Deus e de nosso Mestre Jesus.

Que Deus, que Jesus, que os Espíritos superiores ajudem essa pequena mulher a passar por essa fase tão difícil e tornar-se uma grande mulher. Uma grande mulher que possa, com sua triste experiência ajudar outras mulheres.

No Dia Internacional da Mulher, ninguém merece mais carinho, amor e carinho que ela. Que Maria a abençoe sempre.

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